quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Poesia de minha autoria para a Revista Prisma LGBT+ (2025):





Por entre frestas...

 

Sou mulher, cis

E ela pede bis;

Teu corpo moreno

Doce veneno.

 

Faz-me tua

Nua e crua;

Na rua escura,

Olhares entre frestas.

 

Toques e curvas

Calor e não pudor;

Teu pulso me pulsa

É só teu

O meu amor.

 

E o que me resta?

 

É saber,

É ver para crer,

Se tu és

Meu bem-querer.

 



Cordel de minha autoria para Coletânea Apparere, Editora Perse (2022):

 


De mim para mim

 

Seria presunçoso

Uma auto eleição?

Uma escolha

De mim para mim?

 

Pois bem;

Anos 80

Família de

Professores.

 

Alto sertão,

A cerca,

A seca, o ferro

Do portão.

 

De pai

Político,

Professor e

Protético.

 

Mãe guerreira,

Professora,

Costureira.

 

Minha

Infância,

Poucas

Lembranças.

Com o tempo

E, apesar do

Reconhecimento,

Há ainda

Certo tormento.

 

Uma vida

Em contínua

Aflição.

 

Entre rimas

E versos, soluços

Imersos

Na desolação.

 

Cada linha

Em prosa

Remonta

À fúria,

Silenciosa.

 

Presa,

Sufocada;

Na família

Marginalizada.

 

 Nunca

Foi minha

A liberdade;

À crueldade,

Mantinha.

 

Livros,

Coletâneas,

Artigos...;

Circos,

Insônias,

Castigos...

 

Nasci

No berço

Errado.

Mas não

Calo,

Embalo.

 

Resisto,

Persisto,

Insisto

À tormenta

De anos

E a passada

De panos.

 

Por trás

De um nome,

Uma semente

Que sente.

 

Escritos,

Manuscritos,

Folhas,

Gritos...

Noites

A fio;

Pulso

Em desafio.

 

A esperança

Perpassa,

Não disfarça,

Amordaça.

 

O lacre,

O ponto

(Final?);

A benção,

Total.

 

 Mais de

20 anos

De punho

Prostrado,

Acirrado,

Fechado.

 

O sol

Escaldante

É do Nordeste;

Terra de “cabra

Da peste”.

 

À sombra

Descansa;

A pena,

Do carcará,

No tinteiro,

Dança.

 

E assim

Continuo

Na solidez

Da solidão.

 

Mas

Nada

Me foi

Em vão.

 



Poesia de minha autoria para Coletânea Apparere, Editora Perse (2021):

 



Se não é amor...

 

É a dor

É a cor

De ser

Quem é.

 

Negro, mulato

Pacato, recato

Acato

O abraço.

 

O cheiro, o toque

O retoque;

O estoque da ânsia.

O pecado.

 

É errado?

Amar e ser amado?

Ser “colorido”,

O negro, o mulato?


Texto de minha autoria para Coletânea Apparere, Editora Perse (2022):

 


Um País em cárcere...

 

200 anos?

Ora, pois!

Já dizia “Camões”.

Mas de que, ao certo?

Nunca fomos livres.

Vez ou outra aparece alguém a arregalar os olhos para o “nosso”, nosso País, para o “nosso” ...

Bem se vê, ainda, o fidalgo, com suas calças curtas, de “menino travesso”, disfarçado de “bom moço”, eloquente em artimanhas e surrupios. Sempre estivemos à mercê do desmanche arbitrário do que pode ou não ser feito. Ainda vivemos sob o jugo desigual e de uma esperança ainda distante.

Nossos interesses e liberdades negligenciados, muitas vezes, por um “disse me disse” sem nexo. Outrora, os arroubos portugueses, agora, os interesses familiares do “Poder” e seus conchavos. Acabou a mamata? A alta dos preços, do dólar, o desemprego, o desalento, a subserviência... Onde será a próxima ocorrência? Agora faz, arminha com a mão!

Já começamos do erro.

Da exploração, da morte, do estupro.

Fomos violentados, exilados, massacrados, roubados, aniquilados...

Roubaram-nos um País, nossa origem, nossos Originários!

A independência está além de um acordo político; mas do livre viver, pensar, agir, segundo leis e normas, claro, mas tendo a dignidade protegida, por ser quem é e como gostaria de viver sua individualidade/coletividade.

Nunca seremos livres enquanto tiranos fazem suas necessidades fisiológicas e utilizam as páginas da Constituição, por exemplo, como papel absorvente de suas “cagadas”. Pátria é luta, amparo, acordo de paz, é cuidado, prosperidade, é compaixão, respeito...há tais preceitos por aqui? Eu não vejo.

Do contrário, há o descaso, a preponderância, a ganância insuflada pelo “marginal” de fato; sim, porque o Brasil desde sempre, vem sendo reduto de presidenciáveis “exemplares” ao longo da História.

Pois, aquietai-vos aqueles que buscam a quebra das “patentes”, digo, correntes, enfim. Retomemos a luta, para garantir nossa dignidade e real autonomia.


Cordel de minha autoria para Coletânea Apparere, Editora Perse (2021):

 



Centenário de Paulo Freire - Um Cordel à sua homenagem:

 

De Joaquim e Edeltrudes

A 19 de setembro de 1921

Nascia em Recife

Um educador estupendo

E não era só mais um.

 

Inovou no ensino adulto

Elevou, levou afora

Cá e acolá,

O Mundo conheceu

Paulo Freire

E melhor não há.

 

Ainda menino

Viu as primeiras dificuldades

Em família;

A mãe em desespero

Pediu arrego,

Foi no “Oswaldo Cruz”

Como auxiliar de disciplina

E logo mais

Na maestrina.

 

Em 1943 veio o Direito

A Filosofia nas Belas Artes

A Diretoria na Educação e Cultura

Quem mais chegou à altura?

Mais adiante

Capibaribe

A Conferência filosofal

E intelectual

Jamais viu-se nada igual.

 

Em sua obra

O “oprimido”, no Chile

E a “autonomia” do processo

De aprendizagem;

O vocabulário do cotidiano

E a realidade das “paisagens”.

 

E foi em 1962

Em Angicos

Sertão do Rio Grande do Norte

Que 300 trabalhadores

Tiveram a maior sorte

Em “quarenta horas”

A leitura foi o forte.

 

Para os mais afetados

Uma “praga comunista”

Mas só para quem é racista

E, golpista;

Pois foi em 1964

Com o golpe consumado.

 

Militares no Poder

Paulo Freire a sofrer

Acusado de agitador

Da ordem?

Da parte de quem?

 

Foram 70 dias preso

Encarcerado, encurralado

Desesperado

E foi exilado.

 

Chile, ¡hasta pronto, Brasil!

5 anos na Educação

E Reforma Agrária;

Para o Brasil,

Uma lição contrária.

 

1969

Harvard

Não é para qualquer um;

Vários países

E um legado a ofertar;

De um por um

Um trabalho a encantar.

 

Finalmente

A anistia, em 1980

O retorno a casa

Na terra da garoa;

Continua sua saga

O conhecimento além Brasil

Como Doutor Honoris Causa.

Harvard, Cambridge e Oxford

Paulo Freire tinha password;

Vida honrosa,

Casou

Teve filhos

Família forte;

Aí veio a morte.

Em 2 de maio de 1997.

 

“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”.

Paulo Freire


Texto de minha autoria para Coletânea Apparere, Editora Perse (2020):

 



Clarice Lispector e sua introspecção literária,

por M. S. de Oliveira

 


“Gostar de estar vivo dói.” (Felicidade Clandestina).

 

            

    Ucraniana forçada a deixar seu País natal em 1922, em decorrência da Guerra Civil Russa e da perseguição aos judeus na Europa, tornou-se uma das maiores autoras de obras intimistas que versam sobre o cotidiano corriqueiro, em suma, do ponto de vista feminino. A epifania faz-se presente, quando a escritora compreende a essência de algo. Na Literatura é uma forma de mostrar um conceito. Mas para o autor, é produzir um texto que transmita um entendimento completo das suas ideias para o leitor. E, para Clarice, seria como uma espécie de revelação bem característica de suas obras que tinham um cunho psicológico forte, através da descrição dos personagens e os conflitos internos vividos pelos mesmos. 

Bem se vê e entende-se a variedade ofertada em termos de conflitos, visto que, tantas foram as moradas em decorrência da Guerra e de sua formação acadêmica; tantas vidas vividas, ancoradas num único corpo, ser; literalmente, uma Felicidade Clandestina (1971), ora dela ora do mundo, mas sem deixar de vangloriar suas paixões, àquelas nutridas pelos livros, pela Literatura; verificando a autobiografia em muitas de suas obras.

Com textos em primeira pessoa, a autora consegue deslocar o olhar do leitor para algo novo, por meio da sensibilidade. Um dos trabalhos em que esse ponto é colocado em questão é Felicidade Clandestina, escrito em 1971. Nele, Clarice mantém seu estilo introspectivo e apresenta alguns contos e crônicas com tendência autobiográfica, como já foi dito, escritos em diversas fases da vida da autora. 

Ao todo são 25 textos com temática diversa: infância, adolescência, família, amor e questões da alma. Escritos sob a técnica mais empregada em seus trabalhos, denominada narrativa em fluxo de consciência, ou seja, tentativa de representação dos processos mentais das personagens. Nesse tipo de narrativa há a desconexão de pensamentos e ideias, gerando o caos da revelação súbita (a epifania). Segue o texto abaixo.


Felicidade Clandestina (1971)


Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.

Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como "data natalícia" e "saudade".

Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.

Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía “As reinações de Narizinho”, de Monteiro Lobato.

Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E, completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.

Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança de alegria: eu não vivia, nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.

No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.

Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono da livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do "dia seguinte" com ela ia se repetir com meu coração batendo.

E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.

Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados.

Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!

E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: "E você fica com o livro por quanto tempo quiser." Entendem? Valia mais do que me dar o livro: "pelo tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.

Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.

Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre ia ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.

Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.

Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.


Observações sobre o texto acima: 


Narradora em primeira pessoa e seu primeiro contato com um livro. Como tema central, a felicidade e sua momentaneidade. A clandestinidade advém quando há a percepção de que nem mesmo a personagem pode se conscientizar para que este sentimento não acabe. 


Artigo para a Revista da Faculdade Sant'Ana (2019):





Estado e democracia: perspectivas de um Brasil atual.


O presente trabalho procura mostrar, a situação brasileira atual (2019) diante das últimas escolhas e motivações sociais as quais originaram o desmantelo político recente e, consequentemente o desmanche dos direitos, deveres e garantias. Direitos de ser quem somos; o dever de cumprir o que de fato deve ser orientado e, a garantia de que tudo venha a manter a perfeita ordem. "O Estado sou eu", já dizia Luiz XIV, rei da França. E, relembrando o passado, vê-se o presente desenhar o futuro sobre um domínio estatal desenfreado e grotesco. A democracia envolta à corrupção e à imposição de uma cartilha já em desuso ou ainda, inaceitável em meio ao bom senso comum. Pois ao Estado moderno não cabe regressão, mas progresso. Sendo assim, o respeito à Constituição e, acima de tudo, à valorização do indivíduo enquanto máquina motriz, para o desenvolvimento de uma nação. 


Artigo: Texto

Poesias de minha autoria para Coletâneas Apparere, Editora Perse (2019):

 



O metro do certo

 

Já foi caro,

Hoje, está

Mais ainda;

Ser quem é

À morte, fulmina.

 

Cada passo

Largo, dado;

O quilômetro

Dá o ar

Da graça;

À distância, alcança.

 

Lança,

Solta o laço

Do abraço;

Estreita o errado;

Mede o

Fardo.

 

Brado

À covardia,

Irradia;

Quanto custa,

O metro,

Do certo?

 

Quem sabe?






(Haikai)


Ah, o amor!

Tão sublime, até em dor.

Faz do ódio, teu ditador.


Poesias de minha autoria para Coletâneas Apparere, Editora Perse (2018):



O amor honesto

 

Quem saberia ou caberia,

Amar como convém?

E quem nutriria

Um sentimento que vai além?

 

O amor honesto

Não se confunde;

Não é funesto,

Vive em total plenitude.

 

Amar é adentrar

É vivenciar;

É entender que ao seu lado,

Tudo irá passar.

 

O egoísmo aqui jaz,

Já não se satisfaz.

Pois há vida e flores,

Há verdades e amores.

 

Em tempos tão desonestos,

Caberá ao amor,

Em sua plenitude,

Nos guiar a vias sem dor.






Amor (ir)racional

 

É tão (ir)racional

Desmedido

Sobrenatural

O amor animal.

 

Não falo do ser humano,

Ser ir(racional)

Cruel e,

Banal.

 

Falo dos peludos;

Sim, dos quatro patas

Ou até dos sem patas,

Pois para o amor,

Não há intrusos.

 

Que amor é este,

Que nos eleva

Nos irradia

Embebeda

E contagia?

 


Poesia de minha autoria para a Coletânea "Foreign Souls", Irlanda, 2017:




Às linhas tortas e...certas.


De sua imagem

E semelhança

Fez-me Deus;

Cativa e amorosa

Com a missão de juntar-me

Aos teus.

Eu nunca fui eu.

Presa à dúvida

E à solidão,

Restou-me

A luta incessante,

Para sair

Da escuridão.

Artigo de minha autoria para Educere et Educare – Revista de Educação (2009):

 




Um mergulho em um tema complexo e fundamental para a filosofia e a sociedade: "Algumas Considerações Sobre a Educação Concebida por Karl Marx".

Apesar de o tema da educação não ter sido o foco central da obra de Marx, ele está inevitavelmente entrelaçado com sua análise das relações socioeconômicas e políticas.

O que você encontrará neste artigo?

Neste estudo, o propósito é pontuar algumas questões que convidam a uma releitura do pensamento de Marx no contexto educacional contemporâneo. Logo:

  • A Educação sob a Lente da Alienação: Como Marx via a educação como parte da superestrutura de controle das classes dominantes;

  • A Crítica à Escola Burguesa: A oposição de Marx à educação oferecida pelo Estado Nação capitalista e seu desacordo com um currículo baseado em distinções de classe;

  • O Ideal da Formação Omnilateral: A proposta marxista de uma educação socializada, igualitária , que deve ser intelectual, física e técnica. O objetivo é recuperar o pleno desenvolvimento humano, combatendo a alienação e a desumanização;

  • A Educação e o Trabalho Produtivo: Marx defendia a integração do trabalho produtivo ao currículo escolar , o que ele via como o "germe da educação do futuro".
Educar é pensar para além da sociedade do capital e superar o estado de alienação global, o que exige uma revolução cultural radical.

Este artigo é um convite à reflexão sobre o potencial revolucionário da educação e como o pensamento marxista propõe uma formação humana completa (omnilateral).

Clique para ler o artigo: Artigo

Poesia de minha autoria para a Revista Prisma LGBT+ (2025):

Por entre frestas...   Sou mulher, cis E ela pede bis; Teu corpo moreno Doce veneno.   Faz-me tua Nua e crua; Na rua escura, Olhares entre f...