De mim para mim
Seria
presunçoso
Uma
auto eleição?
Uma
escolha
De mim
para mim?
Pois
bem;
Anos
80
Família
de
Professores.
Alto
sertão,
A
cerca,
A
seca, o ferro
Do
portão.
De pai
Político,
Professor
e
Protético.
Mãe
guerreira,
Professora,
Costureira.
Minha
Infância,
Poucas
Lembranças.
Com o
tempo
E,
apesar do
Reconhecimento,
Há
ainda
Certo
tormento.
Uma
vida
Em
contínua
Aflição.
Entre
rimas
E
versos, soluços
Imersos
Na
desolação.
Cada
linha
Em
prosa
Remonta
À
fúria,
Silenciosa.
Presa,
Sufocada;
Na
família
Marginalizada.
Foi
minha
A
liberdade;
À
crueldade,
Mantinha.
Livros,
Coletâneas,
Artigos...;
Circos,
Insônias,
Castigos...
Nasci
No
berço
Errado.
Mas
não
Calo,
Embalo.
Resisto,
Persisto,
Insisto
À
tormenta
De
anos
E a
passada
De
panos.
Por
trás
De um
nome,
Uma
semente
Que
sente.
Escritos,
Manuscritos,
Folhas,
Gritos...
Noites
A fio;
Pulso
Em
desafio.
A
esperança
Perpassa,
Não
disfarça,
Amordaça.
O
lacre,
O
ponto
(Final?);
A
benção,
Total.
20
anos
De
punho
Prostrado,
Acirrado,
Fechado.
O sol
Escaldante
É do
Nordeste;
Terra
de “cabra
Da
peste”.
À
sombra
Descansa;
A
pena,
Do
carcará,
No
tinteiro,
Dança.
E
assim
Continuo
Na
solidez
Da
solidão.
Mas
Nada
Me foi
Em
vão.

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